|Introdução
No universo da ultrassonografia à beira do leito, o protocolo EFAST emerge como uma ferramenta versátil e vital. Neste artigo, exploraremos as aplicações do EFAST em três contextos-chave: emergência, terapia intensiva e enfermaria de clínica médica.
|Na enfermaria de Clínica Médica
EFAST é uma poderosa ferramenta de exame físico para Diagnóstico Diferencial na enfermaria de clínica médica em pacientes com queixas diversas. Aqui estão algumas aplicações potenciais:
Avaliação de Dor Abdominal Aguda:
- Identificação de possíveis causas de dor abdominal aguda, como apendicite, colecistite ou obstrução intestinal.
 
Avaliação de Queixas Respiratórias:
- dentificação de derrames pleurais, pneumotórax ou outras condições respiratórias agudas.
 
Monitoramento de Pacientes com Insuficiência Cardíaca:
- Avaliação de derrames pericárdicos e complicações cardíacas em pacientes com insuficiência cardíaca.
 
Triagem de Complicações Pós-Operatórias:
- Monitoramento de pacientes após cirurgias para identificar complicações como hemorragias ou coleções líquidas.
 
Avaliação de dispnéia aguda:
- Identificação de edema pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca ou outras condições relacionadas.
 
Avaliação de Infecções Abdominais:
- Identificação de abscessos ou outras complicações em pacientes com suspeita de infecções abdominais.
 
|Na Emergência
Dentre as aplicações do EFAST na Emergência podemos destacar:
Avaliação Rápida de Trauma Abdominal:
Identificação de sangramento intra-abdominal.
Detecção de lesões em órgãos sólidos, como o fígado e o baço.
Avaliação de fluido livre na cavidade peritoneal.
Avaliação de Trauma Torácico:
- Identificação de hemotórax ou pneumotórax.
 - Detecção de lesões no parênquima pulmonar.
 - Avaliação de espaço pleural para a presença de fluidos.
 
Avaliação Cardíaca em Trauma:
- Identificação de tamponamento cardíaco.
 - Avaliação de possíveis lesões cardíacas.
 - Detecção de perfurações ou contusões viscerais.
 
Monitoramento durante Procedimentos de Resgate:
- Utilização contínua do EFAST durante procedimentos de resgate auxilia na avaliação de mudanças na condição do paciente.
 - Rápido encaminhamento para intervenções cirúrgicas de emergência.
 
|Unidade de Terapia Intensiva
Abaixo estão listadas algumas das suas possíveis aplicações:
Monitoramento de Complicações Pós-Operatórias:
- Avaliação contínua de pacientes pós-operatórios para identificar sangramentos internos.
 - Detecção precoce de coleções líquidas que possam surgir após procedimentos cirúrgicos.
 
Avaliação de Disfunções Cardiovasculares:
- Identificação de tamponamento cardíaco em pacientes com instabilidade hemodinâmica.
 - Monitoramento de derrames pericárdicos.
 
Diagnóstico Rápido de Insuficiência Respiratória:
- Avaliação de derrames pleurais ou pneumotórax em pacientes com insuficiência respiratória aguda.
 - Identificação de complicações pulmonares.
 
Avaliação de Fluidos Intravasculares e Extravasculares:
- Verificação do status volêmico através da avaliação de veias cava.
 - Identificação de edema agudo de pulmão.
 
Avaliação de Complicações Abdominais:
- Detecção de sangramento intra-abdominal em pacientes críticos.
 - Monitoramento de órgãos abdominais em pacientes com disfunção múltipla de órgãos.
 
Monitoramento de Lesões Renais:
- Avaliação de lesões nos rins e retroperitoneo.
 - Detecção de hematoma retroperitoneal em pacientes críticos.
 
Avaliação de Choque:
- Auxílio na identificação da etiologia do choque.
 - Monitoramento da resposta a intervenções terapêuticas.
 
|Conclusão
Em resumo o protocolo EFAST transcende seu papel inicial em traumas, emergindo como uma ferramenta essencial em diferentes áreas da prática médica. Seja na identificação rápida de lesões traumáticas ou no suporte à tomada de decisões em ambientes críticos, o EFAST tem moldado a abordagem à beira do leito, promovendo diagnósticos precisos e intervenções rápidas.

