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Blog entry by Laise Guimarães

"Herança de sangue": POCUS na Anemia Hemolítica

| Introdução

A anemia hemolítica é uma condição em que os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos mais rapidamente do que podem ser produzidos pela medula óssea. Isso pode levar a sintomas como fadiga, palidez, icterícia e aumento do baço (esplenomegalia). O diagnóstico geralmente envolve análises laboratoriais, mas o uso do ultrassom point of care (POCUS) pode oferecer uma abordagem inovadora e eficaz para a identificação e avaliação dessa condição.

| Avaliação da Esplenomegalia:

O POCUS pode ser usado para medir o tamanho do baço em pacientes com anemia hemolítica. A esplenomegalia é comum nessa condição, e o ultrassom permite uma avaliação rápida e não invasiva.

| Importância da Avaliação do Baço

O baço desempenha um papel crucial na resposta imune e na filtração do sangue, sendo um local onde os glóbulos vermelhos danificados ou envelhecidos são destruídos. Na anemia hemolítica, o baço frequentemente aumenta de tamanho (esplenomegalia) devido à sua função de remover os glóbulos vermelhos hemolisados. A avaliação do baço por POCUS pode fornecer informações valiosas sobre a gravidade da anemia hemolítica e ajudar na tomada de decisões clínicas.

| Técnica da Medida do Baço com POCUS

Transdutor: Normalmente, utiliza-se um transdutor de baixa frequência (2-5 MHz) para obter imagens do baço, devido à sua localização e ao tecido abdominal ao redor.

Posicionamento do Paciente: O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou lateral esquerdo, o que pode ajudar a melhorar a visualização do baço, uma vez que ele se localiza no quadrante superior esquerdo do abdômen.

Abordagem: O operador deve posicionar o transdutor longitudinal, na linha axilar posterior E, com a face do transdutor alinhada às costelas, angulando-o ligeiramente para melhor visualização do baço. O ultrassom deve ser orientado para visualização nos cortes longitudinais e transversais. O baço é uma estrutura hiperecogênica com um contorno bem definido, e formato oval.

Medição do Tamanho: A medida do baço é geralmente feita em cortes longitudinais, a partir da borda mais lateral até a borda mais medial. A medição é registrada em centímetros. Normalmente, o baço é considerado aumentado (esplenomegalia) quando as medidas excedem 13 cm em adultos, embora esses valores possam variar dependendo do sexo e área de superfície corpórea.

Análise da Estrutura: Além de medir o tamanho, o POCUS permite a avaliação da ecogenicidade do baço, que pode indicar alterações patológicas. Na anemia hemolítica, pode-se observar áreas de hiperfluxo ou anormalidades no parênquima esplênico.

Interpretação dos Resultados: A presença de esplenomegalia sugere uma resposta do baço à hemólise excessiva e é um indicador importante na avaliação de anemia hemolítica. Então encaminhe o paciente para um exame formal, garantindo a análise adicional do fluxo sanguíneo na veia esplênica (usando Doppler) pode ajudar a identificar complicações, como trombose esplênica.

Correlações Clínicas: As medições do baço devem ser correlacionadas com outros achados clínicos e laboratoriais, como hemoglobina, reticulócitos e bilirrubinas, para um diagnóstico mais completo.

| Vantagens do POCUS na Medida do Baço

·         Avaliação rápida em tempo real.

·         Não invasivo e seguro para o paciente.

·         Acessível: Pode ser realizado em diversos ambientes clínicos, incluindo unidades de terapia intensiva e salas de emergência ou em regiões onde o acesso a tecnologias de imagem convencionais pode ser limitado.

·         ultrassom pode ser repetido conforme necessário para monitorar a evolução da esplenomegalia e a resposta ao tratamento.

| Outros Sinais de Hemólise:

POCUS pode ajudar a identificar a presença de hematomas ou efusões que podem ocorrer devido à hemólise intensa, fornecendo informações sobre a gravidade da condição.

O protocolo EFAST pode ser útil na identificação de complicações associadas à anemia hemolítica, como hemorragias internas, que podem ser vistas como efusões na cavidade abdominal ou pélvica.

O protocolo da vesícula biliar também deve ser considerado, já que a hemólise pode levar à formação de cálculos biliares.

POCUS também pode auxiliar na avaliação de tecidos mole, permitindo a identificação de hematomas ou abscessos.

| Integração com Outras Modalidades:

A combinação do POCUS com outros métodos de diagnóstico, como exames laboratoriais e estudos de imagem convencionais, oferece uma visão mais abrangente do estado do paciente. Por exemplo, POCUS pode ser usado inicialmente para avaliar rapidamente a

| Considerações Finais

O uso de POCUS na identificação de anemia hemolítica representa uma abordagem inovadora que pode aprimorar o diagnóstico e a gestão dessa condição. Neste contexto, POCUS é uma ferramenta complementar que permite uma avaliação mais rápida e eficaz, resultando em melhores desfechos para os pacientes. À medida que mais profissionais adotam POCUS em suas práticas clínicas, a compreensão do seu potencial na avaliação de condições hematológicas, como a anemia hemolítica, continua a se expandir.



  
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